Além disso, o atendimento espiritual a menores e adultos vulneráveis, principalmente durante a confissão, é preciso ser feito nos confessionários ou em locais adequados na igreja que garantam segurança e visibilidade.
O documento assinado por Dom Delson também declara que qualquer padre que tiver acusação contra si sobre exploração ou abuso sexual a menores de idade, deve informar imediatamente ao arcebispo.
Conforme o arcebispo, o objetivo é assegurar às crianças, adolescentes e adultos vulneráveis um ambiente eclesial seguro. Dom Delson alertou que, em casos de condutas suspeitas de abuso sexual por parte dos sacerdotes, ele pode limitar ou até mesmo o exercício da atividade pastoral dos religiosos até que as acusações sejam esclarecidas.
Tribunal Eclesiástico investiga padres denunciados por abuso sexual
Dom Manoel Delson fez um pronunciamento nas redes sociais no dia 1º de fevereiro declarando que um procedimento canônico foi iniciado para avaliar a suspensão de ordem dos padres que foram investigados pelo Ministério Público Estadual por casos de abuso sexual contra menores de idade, arquivado pelo Conselho Superior do MPPB.
Dom Delson explicou em vídeo publicado no Facebook que a reportagem "trouxe de novo à tona uma questão difícil para a Arquidiocese. Toda a igreja se vê envolvida nessa onda de denúncias e sente profundamente que padres estejam sendo denunciados nos meios de comunicação, atingindo o que nós temos de mais sagrado, a nossa fé", declarou.
Além da condenação do Ministério Público do Trabalho e do arquivamento dos casos do Ministério Público Estadual, uma sessão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça formou maioria pela condenação da Arquidiocese da Paraíba, no dia 22 de janeiro, em uma outra ação civil envolvendo acusações de pedofilia com mais de vinte jovens.
No alvo da ação por danos morais coletivos, movida pelo Ministério Público Estadual, estão acusações de pedofilia contra um padre na cidade de Jacaraú, no Litoral Norte da Paraíba, Adriano José da Silva, já falecido. O julgamento não foi concluído porque um dos desembargadores pediu vista. Um novo julgamento está marcado para a próxima terça-feira (12).