A Comissão criada pelo Papa Francisco para investigar os abusos sexuais de menores na igreja católica considera “prioritário” o bem-estar das crianças e dos adultos considerados vulneráveis. O grupo vai desenvolver “procedimentos claros” para garantir que os responsáveis por crimes de abuso sexual “responsam pelos seus atos”, independentemente do nível que ocupem no clero.
Terminou este sábado a primeira série de reuniões da comissão especial criada em março e que integra oito elementos, entre eles o cardeal de Boston, Sean O’Malley, e uma irlandesa, Marie Collins, vítima de abusos sexuais por parte de um padre quando era jovem.
As reuniões iniciaram-se na quinta-feira, 1 de maio, prolongaram-se por três dias e decorreram na Casa de Santa Marta, a residência do Papa no Vaticano. No final, Marie Collins referiu ter ficado com “uma perceção muito positiva” do trabalho efetuado inclusive sobre a questão da “responsabilidade” dos autores dos crimes.
O cardeal O’Malley desfez a ideia de este ser um problema irlandês ou americano. “Devemos fazer face a este problema em todo o Mundo. Daí a importância da educação. Ainda há tanta ignorância e tanta negação sobre este assunto”, lamentou.